Phostoxin®

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Manual Técnico Phostoxin

 

 ÍNDICE (Fonte de referência: Degesh do Brasil Ind.e Com.Ltda)

I - INTRODUÇÃO

A. Introdução
B. Aspectos básicos
C. Descrição do produto
D. Embalagens
E. Informações gerais
F. Cuidados básicos antes do expurgo

II - SEGURANÇA E PRECAUÇÕES NA MANIPULAÇÃO DO Phostoxin®
A. Perigo para o homem e animais domésticos
B. Toxicologia e riscos
C. Socorros de emergência
D. Informações para o médico
E. Tratamento de emergência proposto pelo Departamento Médico da Bequisa
F. Propriedades físico-químicas

III - INSTRUÇÕES DE USO

A. Insetos controlados
B. Danos causados pelos insetos
C. Usos registrados no Brasil
D. Usos registrados nos EUA
D.1 Matérias-primas e commodities
D.2 Alimentos processados
D.3 Rações animais e suas matérias-primas
D.4 Produtos não-alimentícios
E. Fatores básicos para o sucesso da fumigação ou expurgo
E.1 Dosagem
E.2 Tempo de exposição
E.3 Hermeticidade e vedação do local
E.4 Forma de aplicação
E.5 Descarte de pó residual, absorventes e embalagens utilizadas
F. Equipamentos de segurança recomendados
F.1 Equipamentos de proteção individual
F.2 Precauções gerais com segurança
F.3 Aeração e período de carência

I - INTRODUÇÃO


A - INTRODUÇÃO
Num estágio de desenvolvimento do país onde a apologia da Qualidade e Eficiência é a linha mestra de todo planejamento e processo de decisão, torna-se cada vez mais importante que o setor responsável pela armazenagem e conservação da produção agrícola concentre seus esforços no sentido de reduzir o alto nível de perdas existente. Atravessamos um período em que os parâmetros de medição das perdas eram insuficientes e as técnicas não eram adequadas. Por isso, as reais causas das altas quebras sequer chegavam a ser conhecidas. Hoje, a bem da necessidade de crescer e alimentar o Brasil e o planeta, busca-se reduzir as perdas a níveis próximos de zero, através do aperfeiçoamento do processo de manejo, que vai desde a escolha de variedades e ponto de colheita até o seu depósito em silos ou armazéns. Este manual foi preparado para garantir aos usuários uma segura e eficiente fumigação com Phostoxin®. Aconselhamos que as instruções contidas neste manual sejam rigorosamente seguidas, garantindo assim o correto manuseio do produto e um efetivo controle das pragas.


B - ASPECTOS BÁSICOS
O efeito da redução da temperatura da massa de grãos, obtida durante o período de inverno, em algumas de nossas regiões, poderá permitir a diminuição da atividade metabólica de alguns insetos. Entretanto, a redução da temperatura por meio da aeração não substitui o combate às pragas, devendo o expurgo ser sempre realizado, eliminando todas as formas de desenvolvimento dos insetos, garantindo assim um resultado melhor. Por outro lado, cabe ressaltar que, em razão de nossas condições climáticas, o aumento de uma população de insetos ocorre em progressão geométrica, acarretando prejuízos significativos aos produtos armazenados e processados. Lembramos ainda que para total eficiência dos expurgos, três condições são básicas e interagem entre si:
- dosagem
- vedação
- tempo de exposição
Portanto, recomendamos atenção máxima a essas condições, de modo a permitir real combate aos insetos-pragas dos grãos, produtos armazenados e processados.


C - DESCRIÇÃO DO PRODUTO
O Phostoxin® é composto por fosfeto de alumínio (57% m/m), inertes e coadjuvantes, apresentado em três formas diferentes, conforme descrito abaixo:
• Comprimidos Fumigantes de 0,6g cada.
• Pastilhas Fumigantes de 3g cada.

AlP † 3H2O → Al(OH)PH3
 
O calor e a umidade do ar aceleram a reação, enquanto que o frio e o ar seco têm efeito oposto. Por exemplo, quando a temperatura e umidade do local a ser fumigado forem elevadas, a decomposição do Phostoxin® pode completar-se em menos de 2 dias. Entretanto, sob temperaturas moderadas e baixa umidade, a completa decomposição pode requerer 3 dias ou mais. Esta reação começa lentamente e vai se acelerando gradualmente, até a completa reação do fosfeto de alumínio. Cada grama de Phostoxin® libera um terço de seu peso em fosfina. Desta forma, um comprimido fumigante de 0,6g libera 0,2g de fosfina e uma pastilha de 3g libera 1g de fosfina. A fosfina é um gás incolor muito tóxico aos insetos, homens e outras formas de vida animal. É uma molécula extremamente volátil e com alta pressão de vapor. Esta combinação, aliada à alta toxicidade aos insetos, mesmo em baixas concentrações, confere aos Phostoxin® uma larga eficiência como fumigante. Phostoxin® também contém carbamato de amônia, que libera amônia e dióxido de carbono, conforme reação abaixo:

NH2COONH4 → 2NH3↑ † CO2

Estes gases são essencialmente anti-chamas e atuam como agentes inertes para reduzir os riscos de inflamabilidade. A amônia serve também como gás de alarme. Após a decomposição dos produtos Phostoxin® temos como resíduo um pó cinza claro, composto basicamente de hidróxido de alumínio, que é uma substância não tóxica ao homem e aos animais. Entretanto, o resíduo da decomposição do produto deve ser eliminado cuidadosamente, pois pode conter partículas de fosfeto de alumínio não decompostas e impregnadas no pó. As instruções para eliminação do pó residual encontram-se mais adiante neste manual.


D - EMBALAGENS
Phostoxin® é encontrado nas seguintes apresentações:
Garrafa de 1,0kg - comprimidos de 0,6g ou pastilhas de 3g.

E - INFORMAÇÕES GERAIS
GRUPO QUÍMICO: inorgânico precursor da fosfina

INGREDIENTE ATIVO: fosfeto de alumínio - fosfina

FÓRMULA: AlP - PH3

MASSA MOLECULAR: AlP 57,96 - PH3 34,04

PREPARAÇÃO:
FOSFETO DE ALUMÍNIO: 560 g/kg
EQUIVALENTE EM FOSFINA: 333,3 g/kg
INERTES E COADJUVANTES: 440 g/kg

PROPRIEDADES:
CARACTERÍSTICAS: gás inflamável e incolor, com odor de carbureto ou alho.
INFLAMABILIDADE: inflamável espontaneamente no ar a partir de 27,1g/m3.
CORROSIVIDADE: a fosfina é corrosiva para a maioria dos metais nobres, especialmente o cobre e composições.
INCOMPATIBILIDADE: não existem casos de incompatibilidade conhecidos.
SOLUBILIDADE: levemente solúvel em água.

PROGRAMA DE SAÚDE PÚBLICA: uso não autorizado.

USO DOMÉSTICO: não autorizado.


F - CUIDADOS BÁSICOS ANTES DO EXPURGO

1 - Leia cuidadosamente o rótulo e siga as instruções.
2 - Nunca trabalhe sozinho durante a aplicação do fumigante.
3 - Nunca permita que pessoas não treinadas apliquem o produto.
4 - Máscaras de proteção respiratória dotadas de filtros próprios devem ser utilizadas durante a aplicação do produto.
5 - Use luvas impermeáveis quando manusear as pastilhas, comprimidos ou resíduos de reação.
6 - Preferencialmente, abra as embalagens de Phostoxin® em ambiente aberto ou próximo a um exaustor.
7 - Não permita que Phostoxin® entrem em contato com água, ácidos ou outros líquidos.
8 - Colocar avisos de “PERIGO” nos locais onde estiver ocorrendo uma fumigação.
9 - Notificar a todos da companhia quando estiver usando um fumigante. Fornecer instruções sobre segurança e uso do produto, além de como proceder em casos de emergência.
10 - O fumigante fosfeto de alumínio não deve ser usado em locais com vácuo.
11 - Produtos elaborados ou alimentos processados, quando fumigados, devem ser aerados, antes de serem oferecidos ao consumidor.
12 - Após o uso, lavar as roupas contaminadas.
13 - Mantenha as garrafas firmemente fechadas quando não estiver utilizando o produto.
14 - Não reutilizar as embalagens vazias de Phostoxin® para nenhum outro propósito.



II - SEGURANÇA E PRECAUÇÕES NA MANIPULAÇÃO DO PRODUTO Phostoxin®

A - PERIGO PARA O HOMEM E ANIMAIS DOMÉSTICOS

Mantenha fora do alcance das crianças: “PERIGO-VENENO”. Pastilhas, comprimidos e sachês de fosfeto de alumínio, bem como seu pó residual, podem ser fatais se ingeridos. Não permita que entrem em contato com os olhos, nariz, pele ou roupa. Não coma, beba ou fume durante a aplicação do produto. Quando uma garrafa de Phostoxin® é aberta, iniciase a reação do fosfeto de alumínio, liberando gás fosfina, extremamente tóxico. O contato do produto com a água, ácidos e outros líquidos acelera esta reação. A fosfina pura é um gás inodoro, o odor de carbureto ou alho é devido a um gás alarmante. Sob certas condições o odor de carbureto ou alho pode não ser notado, o que não significa que a área esteja livre da presença de fosfina. O ideal é que seja mensurado com equipamento próprio.

B - TOXICOLOGIA E RISCOS

1 - Via de absorção:
O gás é absorvido por via oral e inalatória.

2 - Produtos excretados:
A fosfina é facilmente oxidada, sendo excretada na urina como hipofosfito ou como fosfina dissolvida. Outros metabolismos incluem ácido fosfórico e fosfato. Pode também ser exalada pelos pulmões.

3 - Acumulação:
A fosfina não é cumulativa nos tecidos do corpo.

4 - Toxicidade dose única:
4.1 - Oral. Não aplicável na forma gasosa. Como fosfeto de zinco, rato: 41mg/kg.
4.2 - Inalação: LC 50-Rato 0,68 g/m3 - 65 a 75 minutos de exposição, 1,47 g/m3 - 35 a 40 minutos de exposição

5 - Toxicidade doses repetidas:
Inalação: gatos, ratos e porquinhos-da-Índia foram expostos a 1,4 a 3,5mg fosfina/m3 por mais de 800 horas. Hemólises ou formação de metaemoglobina: não foram observadas nos eritrócidos ou hemoglobinas. Não houve evidências de envenenamento cumulativo. Sugeriu-se que a estes níveis atinge-se um equilíbrio entre a entrada de fosfina e a desintoxicação, excreção e reparo da célula. O começo para mudanças de comportamento e alterações nos parâmetros sanguíneos e funções do fígado foi de 7mg/m3 de ar.

6 - Dosagens perigosas para o homem:
• 9,8 mg fosfina/m3 de ar (7 ppm) - ocorrem graves sintomas após várias horas.
• 280 mg/m3 (200 ppm) - tolerado por 60 minutos.
• 560 mg/m3 (400 ppm) - fatal em 60 minutos.
• 2,8 g/m3 (2000 ppm) - fatal em curtíssimo espaço de tempo.
• 0,4 mg/m3 (0,3 ppm) - pode ser tolerado pelo homem, durante uma exposição de 8 horas, por vários dias. Obs.: Freqüentes exposições a concentrações acima do permissível (0,3ppm), por um período de dias ou semanas, podem causar intoxicação.

7 - Riscos:
No uso comercial do produto deve-se estabelecer procedimentos que permitam o máximo de segurança. Casos de envenenamento são raros e, geralmente, devido a descuido durante a aplicação.

8 - Resíduos em alimentos:
Obedecidas as regras de fumigação e aeração, não existe risco de contaminação dos alimentos. Os limites permitidos de resíduos de fosfina são de 0,01 mg/kg para alimentos processados e cacau, e de 0,1 mg/kg para grãos. Normalmente, após análise cromatográfica, não é encontrado nenhum resíduo pernicioso que possa afetar a qualidade dos grãos ou de alimentos recém fumigados.

C - SOCORROS DE EMERGÊNCIA

Os primeiros sintomas de intoxicação com fosfina são dores de cabeça, fadiga, sonolência, tremores, náuseas, dificuldade de respiração, vômitos, diarréia e secura na boca. Em qualquer caso de intoxicação, procure orientação médica imediatamente. Para melhores cuidados, a vítima deve ser levada a um médico ou hospital, juntamente com a embalagem do produto.

1 - Em casos de inalação do gás ou da poeira dos comprimidos, ou pastilhas:
Levar a pessoa para um local com ar fresco e arejado. Mantenha a pessoa aquecida e em posição para que tenha livre respiração. Não dê nada por via oral a uma pessoa inconsciente.

2 - Em casos onde o comprimido ou a pastilha tenham sido engolidos:
Não provoque vômito e procure logo o médico, levando a embalagem, rótulo, bula ou receituário agronômico do produto.

3 - Em casos onde o comprimido ou a pastilha entrem em contato com a pele ou roupa: Lave a área contaminada com sabão e água em abundância. Roupas devem ser escovadas ou batidas e colocadas em seguida em área bem ventilada antes de serem lavadas. Não deixe roupas ou sapatos contaminados em locais fechados como carro, quartos de hotel, banheiros, armários, etc.

4 - Em casos onde o comprimido ou a pastilha entrem em contato com os olhos:
Lave-os com água em abundância por cinco minutos, e em seguida procure cuidados médicos.

D - INFORMAÇÕES PARA O MÉDICO

Os comprimidos ou  pastilhas de fosfeto de alumínio e seu pó residual reagem com a umidade do ar, água, ácidos e outros líquidos inclusive suco gástrico em casos de ingestões acidentais ou intencionais. Quando o Fosfeto de Alumínio entra em contato com água, ou umidade do ar, libera o gás FOSFINA. Este gás é altamente tóxico para os insetos o que justifica sua utilização, mas também para mamíferos. As intoxicações em seres humanos são resultantes da ação do gás fosfina inalado. Esta absorção dá-se, sobretudo pela via inalatória, ou ainda pela via digestiva nos casos de ingestões intencionais (tentativas de suicídios) ou acidentais. A fosfina não é absorvida através da pele intacta. A fosfina é prontamente absorvida através dos pulmões produzindo sintomas precoces no cérebro e fígado, sugerindo que seja rapidamente distribuída pelo menos para estes órgãos. Após a exposição máxima, a fosfina é excretada no ar expirado e parte é oxidada para íons fosfeto e hipofosfeto, que são excretados na urina. O mecanismo de ação tóxica não está bem estabelecido, mas possivelmente seja através da fosforilação de enzimas. A sintomatologia da intoxicação pelo fosfeto de alumínio é inicialmente gastrointestinal (quando o produto é ingerido) com dores abdominais, vômitos e diarréia abundante às vezes sanguinolenta. Em seguida, surgem os sintomas habituais da intoxicação por fosfina que são irritação das vias aéreas e edema pulmonar associado ao poder irritativo da fosfina. Distúrbios de repolarização, de condução, e de excitabilidade cardíaca, hipotensão resultante da toxicidade cardíaca direta do fósforo, sangramento digestivo, hipocalcemia e hipomagnesemia secundárias e hiperfosfatemia induzida pela oxidação do fósforo; acidose metabólica (ou mista em caso de edema agudo de pulmão); alterações hepáticas e tubulares renais. O diagnóstico de envenenamento por fosfina é normalmente baseado na história de exposição e nas manifestações clínicas. É feito baseado em evidências de exposição ao fosfeto de alumínio (ingestão intencional ou acidental) ou fosfina (inalação); as análises toxicológicas qualitativas confirmam o diagnóstico e os testes quantitativos podem ser utilizados para avaliar a severidade da intoxicação bem como seu prognóstico.

Métodos para Confirmação Diagnóstica:
A fosfina pode ser detectada por papéis de filtro impregnados com uma mistura de nitrato de prata ou cloreto de mercúrio. Este teste pode ser utilizado para detectar fosfina no ar expirado por pacientes expostos. O nitrato de prata reage com a fosfina para formar fosfeto de prata o que confirma o diagnóstico. Chan et al. (1983) relataram uma técnica de cromatografia gasosa utilizando um detector de fósforo de nitrogênio para calcular a fosfina aplicada a espécimes post-mortem após a ingestão de fosfeto de alumínio. A Cromatografia gasosa é o método mais sensível para determinação do conteúdo de fosfina em amostras de ar. Para uma melhor orientação, o médico responsável pelo tratamento de casos de intoxicação, deve procurar a empresa TOXICLIN, pelo telefone 0800-0141-149 ou para a Rede Nacional de Centro e Informações e Assistência Toxicológica – RENACIAT ANVISA/MS. Disque Intoxicações: 0800-722-6001.

E - TRATAMENTO DE EMERGÊNCIA PROPOSTO PELO DEPARTAMENTO MÉDICO DA BEQUISA

Envolvimento de pessoas: Levar o acidentado para um local arejado. Retirar as roupas contaminadas. Lave as partes do corpo atingidas com água em abundância e sabão. Se o acidentado estiver inconsciente e não respirar mais, praticar respiração artificial ou oxigenação. Em caso de contato com os olhos, lave-os com água em abundância durante 5 minutos.

Ingestão: Não provoque vômito e procure logo o médico levando a embalagem, rótulo, bula ou receituário agronômico do produto.

Inalação: Remova a pessoa para local arejado. Se não estiver respirando, faça respiração artifi ial e chame o serviço médico imediatamente.

Contato com a pele: Lave imediatamente a área afetada com água em abundância e sabão. Remova as roupas contaminadas. Ocorrendo efeitos / sintomas, consulte um médico. Lave as roupas contaminadas antes de reutilizá-las e lave os sapatos contaminados.

Contato com os olhos: Lave-os imediatamente com água em abundância. Consulte um médico oftalmologista assim que possível.

Proteção para os prestadores de primeiros socorros: Evitar contato cutâneo e inalatório com o produto durante o processo. Não faça respiração boca-a-boca caso a vítima tenha inalado ou ingerido o produto. Para estes casos, utilize máscara ou outro sistema de respiração adequado.

Tratamento médico de emergência: Os vapores são extremamente irritantes. Se a vítima não estiver respirando adequadamente, aplique ventilação mecânica. Não existe antídoto específico, o tratamento deverá ser sintomático e de suporte. A lavagem gástrica estará indicada em casos de ingestão, o mais precocemente possível. A neutralização com Permanganato de Potássio, classicamente descrita, é controvertida. Administrar oxigênio, manter o paciente com monitorização cardíaca e corrigir hipocalcemia e hipomagnesemia. Medidas de combate ao choque, correção da acidose metabólica e outras medidas para edema pulmonar, assim como digitálicos e diuréticos deverão ser adotadas. Recente experiência na Índia sugere que a terapia com sulfato de magnésio pode diminuir a incidência de casos fatais. O mecanismo não é claro, mas provavelmente é devido às propriedades estabilizantes de membrana do magnésio protegendo o coração de arritmias fatais. Em uma série de 90 pacientes, o sulfato de magnésio aparentemente diminuiu a mortalidade de 90% para 52%. A dose de sulfato de magnésio é 3 gramas durante as primeiras 3 horas em infusão contínua, seguido de 6 gramas a cada 24 horas por 3 a 5 dias.

F - PROPRIEDADES FÍSICO-QUÍMICAS

Os comprimidos ou pastilhas de Phostoxin® ou seu pó residual parcialmente reagido, liberam fosfina quando em contato com a umidade do ar, água, ácidos e outros líquidos. O empilhamento de comprimidos ou pastilhas, ou seus resíduos e dosagens acima das recomendadas podem elevar a temperatura no local confinado e causar uma auto-ignição da fosfina. Preferencialmente, abra as embalagens de Phostoxin® em ambiente aberto ou próximo a um exaustor, nunca perto do fogo ou de atmosferas inflamáveis, pois em raras ocasiões pode ocorrer ignição do gás fosfina. Abra a embalagem longe do rosto e corpo, remova a tampa vagarosamente. Esses cuidados também ajudam a manter o aplicador longe do gás fosfina. O fosfeto de hidrogênio puro é praticamente insolúvel em água e óleos, sendo estável nas temperaturas normais de fumigação. Entretanto, pode reagir com determinados metais e causar corrosão.Metais como o cobre, latão, prata, ouro e ligas destes metais são suscetíveis à corrosão pelo fosfeto de hidrogênio. Portanto, equipamentos eletrônicos, musicais, elétricos e outros evem ser protegidos ou removidos antes de iniciar-se a fumigação. O fosfeto de hidrogênio reage também com certos sais metálicos. Deste modo, itens como equipamentos fotográficos, espelhos e alguns pigmentos inorgânicos não devem ser fumigados.


III - INSTRUÇÕES DE USO

A - INSETOS CONTROLADOS

Phostoxin® foi testado e esta registrado para o controle de todas as fases de vida, ou seja, ovos, larvas, pupas e adultos, dos principais insetos que atacam os grãos, sementes, produtos alimentícios elaborados e suas matérias-primas:

Ordem Coleoptera (besouros)
Acanthoscelides obtectus
Araecerus fasciculatus
Lasioderma serricorne
Rhyzopertha dominica
Sitophilus oryzae
Sitophilus zeamais
Tribolium castaneum

Ordem Lepidoptera (traças)
Sitotroga cerealella

B - DANOS CAUSADOS PELOS INSETOS

Os principais danos causados pela presença e pelo ataque dos insetos aos produtos armazenados são:
• Perda de peso e redução do valor comercial do produto.
• Perda de Qualidade.
• Alteração de cor, sabor e das qualidades para panificação, principalmente no ataque às farinhas.
• Presença de fragmentos e fezes dos insetos nas farinhas e farelos.
• Perda de vigor e germinação das sementes.
• Infestação nos produtos acabados e já embalados, tais como macarrão, chocolate, bolachas, fubás, farinhas e rações animais. Isso ocorre porque na infestação da matéria-prima, os ovos de diversos besouros e traças são tão pequenos e resistentes que passam incólumes por todas as etapas de industrialização, possibilitando que os insetos apareçam nos produtos acabados, muitas vezes já colocados no mercado.

C- USOS REGISTRADOS NO BRASIL

Pragas controladas
Produto Armazenado Nome Comum Nome Cientifico
Arroz Gorgulho do arroz ou
Caruncho dos cereais
Besourinho
Sitophilus oryzae

Rhyzopertha dominica
Café Caruncho do café Araecerus fasciculatus
Farinha de trigo Besouro Tribolioum castaneum
Feijão Caruncho Acanthoscelides obtectus
Tabaco(Fumo) Besouro Lasioderma serricorne
Milho Traça dos cereais
Caruncho dos cereais
Sitotroga cerealella
Sitophilus zeamais
Trigo Gorgulho do trigo ou
Caruncho dos cereais
Besourinho
Sitophilus oryzae

Rhyzopertha dominica

D - USOS, Phostoxin®, REGISTRADOS NOS EUA

O Fosfeto de Alumínio, ingrediente ativo do Phostoxin® está registrado na United States Environmental Protection Agency, E.P.A. para a fumigação visando a eliminação de insetos nos seguintes produtos:

D.1 Matérias-primas e commodities:
• Açafrão
• Algodão em caroços ou sementes
• Alpiste
• Amêndoa
• Amendoim
• Arroz
• Avelã
• Aveia
• Cacau em amêndoas
• Café em grãos
• Castanha de caju
• Castanha-do-Pará
• Centeio
• Cevada
• Gergelim em sementes / grãos
• Girassol em sementes / grãos
• Legumes diversos em sementes e vagens
• Milho
• Milho de pipoca
• Noz pecan
• Pistache em amêndoas
• Sementes de flores
• Sementes de gramíneas
• Sementes de oleaginosas
• Soja
• Sorgo
• Tâmaras
• Trigo
• Triticale

D.2 Alimentos processados:
O Fosfeto de Alumínio, ingrediente ativo do Phostoxin® esta registrado na United States Environmental Protection Agency, E.P.A. na fumigação visando o combate de insetos que podem ocorrer nos produtos relacionados a seguir:
• Açúcar
• Amendoim
• Arroz
• Aveia industrializada (incluindo flocos de aveia)
• Biscoitos
• Café industrializado
• Cereais industrializados (inclusive seus derivados e cereais embalados)
• Chocolate e seus derivados (bombons, achocolatados, chocolate em pó, etc.)
• Chás
• Doces industrializados
• Ervilhas
• Especiarias, ervas e temperos industrializados
• Farinhas de cereais
• Farinha e farelo de soja
• Farinhas em geral
• Frutas secas (uva passa, figos, ameixas, etc.)
• Feijões
• Fubá de milho
• Leite em pó
• Leveduras
• Germe de trigo
• Macarrões diversos
• Milho
• Milho de pipoca
• Nozes em geral
• Ovos e seus derivados
• Peixe seco
• Produtos derivados de carne (carne seca, carne curada)
• Queijo e seus derivados
• Tâmaras

D.3 Rações animais e suas matérias-primas:
Matérias-primas: Milho, farelo de soja, farelo de trigo, farinha de peixe, amidos, torta de algodão, sorgo, farelo de arroz e farinha de carne.
Rações para aves, bovinos, eqüinos, suínos, cães e gatos, peixes, camarões e rãs.

D.4 Produtos não-alimentícios:
• Algodão em fios e seus produtos
• Bambu e seus derivados (móveis, artesanato)
• Cabelo humano
• Couro animal e seus produtos
• Feno
• Fumo armazenado e seus produtos (cigarros, charutos)
• Lã e seus produtos
• Madeira bruta
• Madeira industrializada (móveis, compensados, pallets, palha)
• Papel, papelão e seus produtos (embalagens, livros, cadernos)
• Peles
• Plantas e flores secas
• Plumas
• Roupas em geral
• Sementes em geral

E - FATORES BÁSICOS PARA O SUCESSO DA FUMIGAÇÃO OU EXPURGO

E.1 Dosagem
Como se trata da ação de um gás que se expande e penetra nos espaços vazios e no interior de materiais a serem fumigados ou expurgados, a dosagem de Phostoxin® é recomendada sempre em função de metros cúbicos = m3, ou seja, o volume total a ser ocupado pelo gás. Evite calcular por tonelada devido às diferentes densidades de cada material, conforme exemplos abaixo:

Produto Densidade aparente
média (Kg/m3)
Arroz em casca 580
Café 370
Café Beneficiado 640
Feijão 775
Milho 750
Soja 800
Trigo 800

Dosagem básica:
2 gramas de gás fosfina por m3, que correspondem a:
- 10 comprimidos de 0,6 gramas por m³ ou
- 2 pastilhas de 3 gramas por m³

Dose para Tabaco(Fumo)
- 5 comprimidos de 0,6 gramas por m³ ou
- 1 pastilha de 3 gramas por m³

Importante:
Considerar para o cálculo da dosagem todo o espaço existente em m3, inclusive o vazio, sob a lona ou dentro do silo/armazém/pilhas.

E.2 Tempo de exposição
Os diferentes estágios de vida dos insetos: ovos, larvas, pupas e adultos têm diferentes taxas de intensidade respiratória. O expurgo ou fumigação,sendo o único tratamento curativo disponível, deve ser utilizado para obter este máximo benefício. Assim, o tempo de exposição a que são submetidos os insetos deve também objetivar a eliminação das formas jovens, que respiram menos (ovos e pupas). Tempo de Exposição: Seguir as instruções para que se tenha a ação total da fosfina em função do tempo de exposição necessário para o efetivo controle dos insetos:

Temperatura

Tipo de fumigação
(Expurgo)

Período mínimo de fumigação(Expurgo)

Abaixo de 10ºC

Não se recomenda fumigação

Não indicado

Entre 10ºC e 20ºC

Produtos armazenados a granel em silos e armazéns graneleiros ou granelizados

12 dias

Produtos armazenados ensacados, em fardos, em armazéns convencionais ***

5 a 12 dias

Acima de 20ºC

Produtos armazenados a granel em silos e armazéns graneleiros ou granelizados

10 dias

Produtos armazenados ensacados, em fardos, em armazéns convencionais

5 a 10 dias

       ***Exceto para sementes
 
Importante:
Nunca se deve aumentar a dose para diminuir o tempo de exposição, controlar alto nível de infestação ou compensar o vazamento do gás.

E.3 Hermeticidade e vedação do local.
De todos os fatores que podem afetar o sucesso do expurgo (fumigação), a vedação ou hermeticidade do local a ser expurgado (fumigado) é o mais importante. A vedação correta é necessária não só para assegurar o controle total e eficiente de todas as fases do ciclo biológico dos insetos, como também para proteger as pessoas e todos os demais seres vivos presentes nas vizinhanças do local a ser expurgado (fumigado) durante o transcorrer do expurgo (fumigação).

Vedação de pilhas ou blocos:
No caso de pilhas de produtos ensacados, estas deverão ser cobertas com lona plástica adequada para operação de expurgo. Trata-se de uma lona própria para expurgo, normalmente feita em PVC, ou Polietileno, com espessura mínima de 150 micra, oferecendo resistência a rupturas ou rasgos que eventualmente possam ocorrer durante o manuseio. Na lona plástica para expurgo não deverão ser tolerados rasgos ou furos, por menores que sejam. É recomendável sempre a inspeção e reparação prévia dos defeitos observados. Não são recomendadas lonas plásticas comuns, nem encerados utilizados em transportes rodoviários, em virtude de que tais materiais não conferem a hermeticidade necessária. Muito importante é o detalhe do piso do local onde a pilha ou bloco de produtos ensacados será erguida. Os pisos adequados são de concreto ou asfalto. Não se recomendam pisos de solo nú, mesmo que drenados com uma camada de brita ou cobertos de madeira. Havendo dúvidas, consulte o Departamento Técnico da BEQUISA. Após a colocação das lonas, procurar fechar os cantos laterais das pilhas utilizando fita adesiva adequada. Em seu contato com o piso, a lona plástica deverá ser vedada com o uso de cobras-de-areia e/ou fita adesiva, sempre procurando eliminar todo e qualquer orifício por onde o gás fosfina possa escapar.

Vedação em silos verticais, armazéns, vagões e containeres:
Utilizando pedaços e tiras de lençol plástico de boa espessura e fita adesiva, procurar fechar bem todo ponto ou orifício por onde o gás fosfina possa escapar, como por exemplo, túneis de aeração, escotilhas de acesso, orifícios dos exaustores do teto, janelas, etc.

E.4 Forma de Aplicação:
1. Comprimidos (0,6 g) e Pastilhas (3 g) 
Armazéns convencionais (fardos ou sacarias):
Cobrir cada bloco ou grupo de blocos com lona própria para expurgo, com sobra de 50 cm sobre o piso em todos os lados. Colocar Phostoxin® em pequenas caixas de madeira ou pratos de papel descartáveis, ao redor dos blocos e vedar toda a beirada da lona com cobras-de-areia, para evitar vazamento do gás.

Armazéns graneleiros horizontais (produtos agrícolas a granel):
Cobrir toda a massa de grãos com lona própria para expurgo, enterrando sua extremidade entre a massa e as paredes e vedar com cobras de areia. Deixar aberto o espaço entre as lonas para aplicar o produto, após o que fechá-lo com fita adesiva ou “velcro”, se as lonas tiverem este dispositivo nas laterais. Vedar com lonas e fitas adesivas as entradas de aeração e demais locais onde possa ocorrer vazamento de gás.

Silos verticais herméticos de concreto:
Aplicar Phostoxin® na superfície da massa de grãos ou durante o abastecimento do silo. Vedar com lonas e fitas as aberturas e os sistemas de aeração.

Silos verticais metálicos:
Aplicar o produto, vedando com lonas e cobras de areia em cima da massa de grãos e com lonas e fitas adesivas as entradas de aeração, janelas de inspeção e demais locais onde possa ocorrer vazamento de gás. Recomenda-se utilizar vedantes para corrigir os vazamentos na junção das chapas metálicas.

Para todos os casos de expurgo de produtos a granel, excetuando-se os de uso do dosador automático de comprimidos ou pastilhas, a dosagem deve ser dividida da seguinte forma: 90% na parte superior da massa de grãos e 10% distribuídos entre as válvulas de descarga de grãos e dutos de aeração.

E.5 Descarte de pó residual e embalagens utilizadas:

- EMBALAGENS RÍGIDAS NÃO LAVÁVEIS. (Garrafa de alumínio). ESTAS EMBALAGENS NÃO PODEM SER LAVADAS.

ARMAZENAMENTO DAS EMBALAGENS VAZIAS
- Mantenha as embalagens destampadas e armazenadas em ambiente ventilado, ao abrigo de chuva, em separado das demais embalagens vazias ou que contenham produto por, pelo menos 10 dias, tempo necessário para que o gás fosfina residual se desprenda e disperse. Após este período, o armazenamento das embalagens vazias, até a devolução pelo usuário, deve ser efetuado em local coberto, ventilado, ao abrigo de chuva e com piso impermeável, no próprio local onde são guardadas as embalagens cheias.
- Essas embalagens devem ser armazenadas com suas tampas, em caixa coletiva, quando existente, separadamente das embalagens lavadas.
- Use luvas no manuseio das embalagens.
Essas embalagens após o consumo de seu conteúdo tornam-se inertes.Porém, impróprias para a reutilização doméstica.
DEVOLUÇÃO DAS EMBALAGENS VAZIAS
- No prazo de até um ano da data da compra, é obrigatória a devolução da embalagem vazia, com tampa, pelo usuário, ao estabelecimento onde foi adquirido o produto ou no local indicado na nota fiscal, emitida no ato da compra.
- Caso o produto não tenha sido totalmente utilizado nesse prazo, e ainda esteja dentro de seu prazo de validade, será facultada a devolução da embalagem em até 6 meses após o término do prazo de validade.
- O usuário deve guardar o comprovante de devolução para efeito de fiscalização, pelo prazo mínimo de um ano após a devolução da embalagem vazia.

TRANSPORTE
- As embalagens vazias não podem ser transportadas junto com alimentos, bebidas, medicamentos, rações, animais e pessoas. Devem ser transportadas com tampa e em caixa coletiva, quando existente. Sempre observe o prazo de segurança para total desprendimento do gás fosfina.

- EMBALAGENS SECUNDÁRIAS (NÃO CONTAMINADAS) (caixa de papelão). ESTAS EMBALAGENS NÃO PODEM SER LAVADAS.

ARMAZENAMENTO DAS EMBALAGENS VAZIAS
- O armazenamento das embalagens vazias, até sua devolução pelo usuário, deve ser efetuado em local coberto, ventilado, ao abrigo de chuva e com piso impermeável, no próprio local onde são guardadas as embalagens cheias.

DEVOLUÇÃO DAS EMBALAGENS VAZIAS
- É obrigatória a devolução das embalagens vazias, pelo usuário, onde foi adquirido o produto ou no local indicado na nota fiscal, emitida pelo estabelecimento comercial.

TRANSPORTE
- As embalagens vazias não podem ser transportadas junto com alimentos,bebidas, medicamentos, rações, animais e pessoas.

DESTINAÇÃO FINAL DAS EMBALAGENS VAZIAS
- A destinação final das embalagens vazias, após a devolução pelos usuários, somente poderá ser realizada pela Empresa Registrante ou por empresas legalmente autorizadas pelos órgãos competentes.

É PROIBIDO AO USUÁRIO A REUTILIZAÇÃO E A RECICLAGEM DESTAS EMBALAGENS VAZIAS OU O FRACIONAMENTO E REEMBALAGEM DESTE PRODUTO.

EFEITOS SOBRE O MEIO AMBIENTE DECORRENTES DA DESTINAÇÃO INADEQUADA DA EMBALAGEM VAZIA E RESTOS DE PRODUTOS:
A destinação inadequada das embalagens vazias e restos de produtos no meio ambiente causa contaminação do solo, da água e do ar, prejudicando a fauna, a flora e a saúde das pessoas.

PRODUTO IMPRÓPRIO PARA UTILIZAÇÃO OU EM DESUSO.
Caso este produto venha a se tornar impróprio para utilização ou em desuso, consulte o registrante através do telefone indicado no rótulo para sua devolução e destinação final.

A desativação do produto é feita seguindo-se o seguinte procedimento:
I. Em local ventilado, estenda uma lona própria para expurgo em uma superfície horizontal; recolha o produto vazado, seja na forma de pastilhas comprimidos ou sachê e espalhe-os sobre a lona evitando amontoamentos para facilitar o desprendimento e dispersão do gás Fosfina;
II. Recolha o eventual pó de Hidróxido de Alumínio resultante da geração do gás Fosfina e espalhe-o sobre a lona em uma fina camada, para facilitar o desprendimento e dispersão do gás Fosfina.
III. Retire todo o produto restante, pastilhas, comprimidos e sachê de Fosfeto de Alumínio e/ou Hidróxido de Alumínio, resultante da geração do gás Fosfina, das embalagens rompidas e deposite-o sobre a mesma lona evitando amontoamentos e mantendo a camada de Hidróxido de Alumínio o mais fina possível.
IV. Certifique-se que as embalagens rompidas foram totalmente esgotadas e armazene-as em recipiente adequado conforme recomendações de armazenamento de embalagens vazias.
V. Nessa circunstância, o isolamento de todo esse material deve ser mantido por pelo menos 10 dias antes de sua devolução para desativação final como produto impróprio para utilização ou em desuso.
VI. Após esse período, armazene o produto resultante do desprendimento do gás Fosfina, o Hidróxido de Alumínio, em recipientes adequados (saco plástico transparente padronizado – modelo ABNT) devendo ser devidamente identificado e com lacre.

Cuidados a serem observados pelo usuário ou empresas legalmente autorizadas a procederem à destinação final de embalagens vazias para o armazenamento, devolução e transporte de embalagens primárias rompidas e produtos vazados gerando o gás Fosfina.

Consideram-se embalagens primárias aquelas que entram em contato direto com o produto, que são : garrafa de alumínio. Use óculos protetores, máscara de proteção respiratória com filtro próprio para o gás Fosfina, macacão de mangas compridas e luvas e botas de borracha no manuseio das embalagens rompidas e produtos vazados.

F - EQUIPAMENTOS DE SEGURANÇA RECOMENDADOS:

F.1 Equipamentos de proteção individual recomendados.
A. Máscara anti-gás: tipo queixo, com protetor facial, dotada de cartucho adequado para retenção de fosfina. É a máscara mais indicada, com código de Filtro A2B2E2.
Nota importante: outros tipos de máscaras de menor custo aquisitivo não devem ser utilizados por proporcionarem falsa sensação de segurança. Isso pode levar a sérios acidentes caso a operação de fumigação ou arejamento se processe em um ambiente com alta concentração de fosfina.
B. Luvas: de borracha para manuseio do produto.
C. Roupa de uso específico: recomendado macacão limpo, para ser lavado após o término da aplicação do produto.
D. Capacetes e cintos de segurança para escaladas: Para uso em áreas com riscos de impactos e/ou quedas.
E. Equipamentos para determinação de presença que, em caso positivo de concentração de fosfina no ar, possibilitem verificar eventuais vazamentos acionando as providências necessárias.

F.2 Precauções gerais com segurança:
• As embalagens de Phostoxin® devem ser armazenadas em locais apropriados, que devem ser frescos, arejados, secos, bem ventilados, fora do risco de sofrer inundações e distante de residências e/ou criações de animais. Deverão também ficar fora do alcance de crianças e de pessoas não familiarizadas com o uso do produto fumigante.
• A fosfina é um gás inflamável. Nas áreas sob fumigação não fumar, nem acender fósforos ou isqueiros. Desligar as instalações elétricas caso a área fumigada seja um espaço vazio de armazéns ou galpões, a fim de evitar faíscas que podem ocorrer ao se acionarem os contatos elétricos. Esses cuidados deverão ser tomados mesmo após o término da
fumigação, enquanto o gás fosfina ainda não houver se dissipado totalmente do local fumigado.
• Não efetuar operações de fumigação em áreas habitadas ou próximas de residências e/ou criações de animais.
• Não efetuar operações de fumigação com pessoal sem habilitação e treinamento técnico.
• Não ligar sistema de aeração durante operação de expurgo, principalmente se as unidades de Phostoxin® forem colocadas no interior dos dutos de aeração.
• Após o término da aplicação de Phostoxin® fixar na área cartazes de advertência avisando que o local está sendo fumigado.
• Após o término da aplicação, os operários deverão tomar banho e trocar de roupa. O macacão utilizado deverá ser enviado para a lavanderia.
• Após o término da aplicação, as máscaras deverão ser limpas e guardadas em suas embalagens, marcando-se em uma ficha de controle o número de horas utilizadas para cada cartucho.
• Os cartazes de advertência deverão conter a palavra “PERIGO” em cor vermelho vivo com uma caveira e duas tíbias cruzadas. Colocar ainda os dizeres: “Não entre. Área e/ou mercadoria sob fumigação”. “Este cartaz somente poderá
ser removido após a mercadoria estar completamente aerada”.
Deverão constar ainda no cartaz as seguintes informações:
- Produto fumigado;
- Quantidade aplicada;
- Nome do responsável;
- Nome do aplicador;
- Data e hora da aplicação;
- Data do fim da fumigação;
- Nome do encarregado da aeração;
- Data do fim do intervalo de segurança para reentrada de pessoas
• Sempre que possível, os cartazes de advertência deverão ser colocados nos locais que antecedem o local da fumigação, de forma bem visível, de maneira a manter pessoas não autorizadas fora do local.
• No caso de vagões ou containeres, os avisos deverão ser colocados em ambos os lados do veículo, próximos à escada de mão e à entrada onde for colocado o fumigante.

F.3 Períodos de Aeração e de Carência:
F.3.1 Aeração
Concluída a fumigação, pode-se proceder à aeração da mercadoria. O trabalho deve ser executado por duas pessoas ou uma equipe, e aparelhos de proteção respiratória devem estar disponíveis. As vedações feitas anteriormente devem ser removidas. Portas, janelas e todas as possíveis saídas de gás devem ser abertas. Dispondo de aparelhos respiradores/exaustores, estes devem ser ligados. A aeração deve ser suficientemente adequada para eliminar todo o resíduo de gás. Terminada a aeração, remover os avisos de “PERIGO” da área.

Produto Período mínimo
 de Aeração
Grãos a granel e ensacados e tabaco(fumo) em fardos 2 dias
Tabaco(fumo) em caixas 3 dias

F.3.2 Período de Carência: 4 dias para outras culturas e 3 dias para soja.
Período de carência é o tempo necessário para que a mercadoria tratada possa ser consumida com total segurança sem a presença de resíduos perniciosos à saúde. O fosfeto de hidrogênio ou fosfina é um gás altamente volátil que, após a aeração, desaparece praticamente por completo dos grãos, sendo oxidado na atmosfera, transformando-se em formas não tóxicas de fósforo. Os limites máximos de resíduos permitidos são de 0,1 ppm para grãos e rações, 0,01 ppm para alimentos elaborado e cacau. Estes valores nunca são alcançados, quando respeitadas as práticas de aeração e período de carência. Deste modo, após concluído o trabalho de fumigação, deve-se aguardar um período de 4 dias para outras culturas e 3 dias para soja para que a mercadoria seja colocada ao alcance do consumidor.
Limites de tolerância de resíduos:
• Amendoim, Arroz, Milho, Feijão, Sorgo, Trigo, Cevada, Soja e Café: 0,1ppm
• Farinha preparada a partir de grãos armazenados: 0,01 ppm
• Cacau: 0,01 ppm
• Fumo: U.N.A. (Uso Não Alimentar)

Bibliografia Pesquisada:

1) Aggrawal, Anil; My forensic articles in science reporter on Internet,
October 1998.
2) Bismuth, Chantal et al.; Toxicologie Clinique, 5eme Ed, 2000.
3) EPA; Pesticide Fact Sheet, Phosphine; December 1999.
4) WHO; Data Sheets On Pesticides, No. 46; on IPCS CD-ROM, 1999.
5) IPCS/WHO; Health and Safety Guide No. 28, 1989.
6) IPCS/WHO; Phosphine & Phosphides – PIM 865 – on CD-ROM, 1999.
7) US EPA “Recognition and Management of Pesticide Poisonings”, 5th Edition (1999).
8) US National Library of Medicine; Hazardous Substances Data Bank, 1998.
9) (Katira R, et al. A study of aluminium phosphide poisoning with special reference to electrocardiographic changes. J Assoc Physicians India 1990;38:471-3).